Uns minutos com Belvedere

Tenho sido feliz procurando crescer dentro do que me propus.

Textos


Esse universo virtual

Belvedere Bruno

Desde criança, gostava de escrever cartas e enviá-las para os amigos que moravam na mesma cidade . Era uma troca deliciosa, embora causasse espanto àqueles que não estavam inseridos no contexto. Com o advento da internet, fui abandonando o hábito, mas dele me recordo com muita  saudade.
 O mais moderno meio de comunicação poderia ser perfeito se  o correio  eletrônico  não fosse utilizado  de forma compulsiva, sem critério. Regularmente, são feitos repasses de  mensagens irrelevantes  e, muitas vezes, duvidosas, sem que haja o  menor cuidado em lhes verificar a  procedência .  Por que não há mais trocas pessoais e menos envios generalizados?  É a vitória da impulsividade, do imediatismo. 
Há pessoas  que parecem não ter vida própria fora dos domínios da internet, tamanha  é a sua compulsão  pelo correio eletrônico, utilizando-o sempre de forma insensata.   Sequer lêem quando são alertadas sobre os envios excessivos de mensagens, pois sendo centradas em si mesmas, aquilo que lhes chega às mãos, infelizmente, não tem  a mínima importância.  Já nem comento sobre aqueles que vêm e vão, sem dar satisfação nenhuma.
 Estou muito seletiva, confesso.  O tempo voa e não pode ser desperdiçado.  Felizmente, nos meus contatos, há quem chegue como raios de sol, iluminando a minha telinha.  Poesias, prosas, pinturas, ou simplesmente, um como-vai-você...    São essas pessoas de bom senso  que me fazem permanecer .
 Penso lançar em breve uma campanha em prol da utilização  equilibrada  dessa ferramenta preciosa que é a internet. Enquanto isso não acontece, faço um  apelo: me poupem, por favor!
A propósito, como vai você, amigo?

belvedere
Enviado por belvedere em 15/05/2008


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